Hábitos alimentares dos brasileiros mostram mudanças para pior

IBGE DIVULGOU NESTA SEXTA-FEIRA (21/08) A PESQUISA DE ORÇAMENTOS FAMILIARES (POF)

Os hábitos alimentares dos brasileiros mudaram para pior na última década. O levantamento foi realizado entre 2017 e 2018, portanto, antes da pandemia da Covid-19. A pandemia pode ter alterado conjunturalmente alguns dos hábitos alimentares, como o aumento do consumo de arroz, feijão, macarrão e outros derivados de trigo. Porém, em 10 anos, o brasileiro reduziu o consumo de arroz, feijão, frutas e vegetais, enquanto aumentou a frequência de ingestão de alimentos processados e ultra processados, como pizzas, salgadinhos e adoçante. No geral, além de identificar a queda no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, o IBGE apontou o brasileiro manteve o hábito de adicionar açúcar em bebidas e alimentos e colocar sal em preparações prontas.

Entre os dados da pesquisa, destacam-se:

· o consumo calórico diário se manteve estável entre os brasileiros

· 53,4% das calorias ingeridas eram de alimentos in natura ou minimamente processados

· caiu a frequência de consumo de arroz, feijão, pão de sal, carne bovina e ovos

· aumentou a frequência de consumo de aves, pizzas, salgadinhos, açaí e salada crua

· o brasileiro substituiu a batata-inglesa pela batata-doce

· diminuiu a ingestão diária de gorduras saturadas, fibras e proteínas

· consumo de carboidratos se manteve estável

· 53,8% dos brasileiros ingerem sódio acima do limite recomendável

· adição de açúcar em alimentos prontos se mantém elevada

· aumentou a proporção de pessoas que não adoçam bebidas

· caiu o consumo de cerveja; homens bebem três vezes mais que as mulheres

Fontes: IBGE, G1 e Cogo Inteligência em Agronegócio.