Tecnologia

Por Leonardo Ávila Teixeira


O BlueSky Social é uma alternativa aos microblogs pós-Musk, mas com intenções a mais — Foto: Divulgação
O BlueSky Social é uma alternativa aos microblogs pós-Musk, mas com intenções a mais — Foto: Divulgação

Em meio ao êxodo do Twitter desde as implicações da era Elon Musk (apagões, dificuldades para publicar imagens, o comércio do símbolo azul de verificado e de publicidades nada assertivas, entre outras), apps alternativos vira e mexe pipocam na discussão. Foi o caso recente do indiano Koo App, cujo nome curioso rendeu popularidade relâmpago à companhia em terras canarinhas.

Outro aplicativo cujo nome vem aparecendo é o BlueSky Social, que em novembro do ano passado passou por um pico de interesse entre internautas brasileiros. Ocorre que o aplicativo foi lançado publicamente de forma limitada no fim do mês passado após meses em testes fechados. Por ora, é possível encontrá-lo apenas na App Store. Abaixo, o que você precisa saber:

O que é o BlueSky

O BlueSky Social busca de fato ser uma alternativa ao Twitter, com funções similares aos do microblog. Trata-se de uma rede social onde é possível escrever publicações de até 256 caracteres, com imagem e links. Ao criar um perfil, o usuário recebe também pode escolher seu nome e recebe um @. Na página de perfil, assim como no Twitter, as publicações ficam divididas entre 'posts' e 'posts & replies'. Qume está no BlueSky pode seguir usuários, ver seus feeds, comentar e compartilhar suas publicações.

No último dia 6, a empresa lançou uma função comum no Twitter e rivais como o Koo App: a tradução em tempo real via Google Translate, um aceno ao público além mar do app. Na nota da atualização, a empresa chega até a escrever um 'Alô, Brasil!'

Abaixo um rasante do que cada app tem para oferecer no momento desta publicação, segundo o site TechCrunch e atualizações divulgadas pela equipe do aplicativo:

Diferenças entre Twitter e BluesSky

Twitter BlueSky Social
Limite de caracteres Sim (280) Sim (256)
Curtir e responder Sim Sim
Menções Sim Sim
Feed Sim Sim
Publicar imagens Sim Sim
Publicar vídeos Sim Não
Tradução do post Sim Sim
Silenciar ou bloquear usuários Sim Sim
DMs Sim Não
Customizar seu @ Não Sim

O maior diferencial do BlueSky, no entanto, é que ele faz parte de um projeto mais amplo: o de criar um protocolo para redes sociais abertas, o chamado AT Protocol. Acessar plataformas abertas desse tipo, segundo a companhia, significaria não navegar no ecossistema de uma única empresa como o Meta ou o próprio Twitter, ter controle sobre os algoritmos que ditam como você vê seu feed e transparência nas informações coletadas. A equipe do protocolo o compara ao velho Feed RSS, que funcionava a grosso modo como um filtro customizável da internet.

Com apenas alguns milhares de usuários, e poucos dias online, ainda é esperar para ver qual o potencial do protocolo. Mas a mesma filosofia descentralizada também serve de base para outros apps, como o Mastodon, e está na mira de outras empresas, tais quais Medium e o Flipboard.

Como entrar?

Ainda que seja possível baixar o aplicativo em aparelhos Apple, acessá-lo é outra história. É preciso ser convidado por um usuário antes de criar sua própria conta no BlueSky. Outra alternativa é se inscrever para uma fila de espera através do site oficial. O interessado é notificado pelo email caso receba acesso.

Qual a relação com o Twitter?

O projeto que deu forma ao BlueSky foi incubado pelo Twitter em 2019, quando Jack Dorsey ainda era CEO da empresa. Em seus primeiros anos, o microblog deu suporte financeiro à nova rede social, mas em abril de 2022, o BlueSky se tornou uma empresa independente. Dorsey deixou o cargo no Twitter em 2021 (ainda que tenha permanecido membro do conselho da empresa até maio do ano passado, poucos meses antes de Musk assumir como diretor executivo).

Desde o ano passado, Dorsey se tornou um evangelista da rede social e de sua proposta aberta. O ex-Twitter é um dos usuários com um perfil na rede social.

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