Tecnologia

Por Thiago Ramaciotti

Desde os primeiros iPhone, iPod e iPad, existia apenas uma forma de baixar aplicativos nos aparelhos da Apple: a App Store. Para instalar aplicativos de terceiros, como o Google Play, é preciso de plataformas piratas. Agora, e por enquanto apenas na Europa, usuários do iOS poderão baixar de outras lojas de apps.

A novidade virá na atualização 17.4 do sistema operacional, anunciada recentemente e prevista para chegar aos produtos da Apple em março de 2024. Com ela, os donos de iPhones e iPads poderão instalar uma loja de aplicativos alternativa, aprovada pela empresa, para baixar aplicativos. Além disso, existirá a opção de tirar a App Store como loja de aplicativos padrão para colocar um terceiro.

Após instalação do iOS 17.4, os usuários receberão ainda um pedido para escolher um navegador padrão, seja ele Safari, Google Chrome, Opera, entre outros, assim como um serviço de pagamento padrão.

Mas, afinal, por que isso acontecerá apenas na Europa?

No continente, existe uma peça legislativa da União Europeia chamada Lei dos Mercados Digitais (DMA), criada em 2022, responsável por garantir aos usuários europeus a chance de optarem por serviços digitais que queiram usar. Ou seja, isso abre um espaço para as concorrentes, de certa forma, disputarem com a Apple. Até o momento, a empresa ainda não mostrou interesse em colocar essa novidade em outras regiões do mundo, como Estados Unidos e Brasil.

Claro, a Apple também justificou o motivo de permitir apenas a App Store como loja de aplicativos no iOS. Segundo a empresa, a segurança é o principal deles. Com apenas um modo de baixar apps, o risco de usuários terem acesso acidental a malwares ou algum tipo de vírus diminui.

“As mudanças que anunciamos hoje cumprem os requisitos da Lei dos Mercados Digitais na União Europeia, ao mesmo tempo que ajudam a proteger os utilizadores da UE do aumento inevitável das ameaças à privacidade e à segurança que este regulamento traz. A nossa prioridade continua a ser criar a melhor e mais segura experiência possível para os nossos utilizadores na UE e em todo o mundo”, afirmou Phil Schiller, vice-presidente de marketing da Apple, em comunicado.

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