Com o passar dos anos, vem se tornando mais comum o uso de robôs nos mais variados locais: zonas de guerra, chão de fábricas, esquema de proteção do Rock in Rio, entre outros. Recentemente, uma criação da Universidade Stanford, na Califórnia, Estados Unidos, mergulha em destroços de embarcações e aviões que afundaram no fundo do oceano - em profundidades que chegam a ser inacessíveis aos humanos.
Esse robô leva o nome OceanOneK e consegue lidar com a pressão submarina, que pode ser fatal ao corpo humano. Segundo de uma série de mergulhadores mecânicos, ele foi elaborado por Oussama Khatib, roboticista da Universidade de Stanford, e seus alunos. A equipe já mandou o androide em expedições, a mais recente em julho de 2022.
O robô explorou naufrágios dos aviões Beechcraft Baron F-GDPV e P-38 Lightning, os navios Le Francesco Crispi, outro romano do século II, na Córsega, e o submarino Le Protée. Para 'nadar', a máquina conta com oito propulsores multidirecionais, responsáveis por manobrar cuidadosamente as partes frágeis de cada veículo afundado.
O androide conta com algo bastante interessante: ele tem recursos realistas de visão e toque, acessíveis remotamente por um usuário humano e precisas o suficiente para fazer as pessoas sentirem que estão mergulhando nas profundezas (claro, sem o risco da pressão marítma).
“Você está se aproximando dessa estrutura incrível, e algo incrível acontece quando a toca: você realmente a sente", afirmou Oussama Khatib, também diretor do Laboratório de Robótica de Stanford, em artigo para o instituto. "Eu nunca experimentei algo assim na minha vida. Posso dizer que fui eu quem tocou o Crispi a 500 (metros). E eu fiz - eu toquei, eu senti."
O futuro do projeto do robô mergulhador
Originalmente, a ideia que resultou no OceanOneK surgiu em 2014, mas está ganhando novos ritmos e rumos apenas agora. Além dos naufrágios explorados, a equipe de Khatib quer ir atrás de cidades submarinas perdidas, recifes de corais e naufrágios profundos.
Engana-se quem acha que esse robô surgiu apenas para explorar o fundo do mar: OceanOneK também estabelece bases para projetos de engenharia subaquática mais seguros, como, por exemplo, conserto de oleodutos, píeres e até mesmo de barcos.
Além disso, os pesquisadores programaram mais uma missão nas profundezas do oceano, com intuito de explorar um barco a vapor que naufragou no Lago Titicaca, na América do Sul. Novamente, não pára por aí, porque eles possuem planos para levar esse projeto para o espaço, visto que a Agência Espacial Europeia (ESA) demonstrou interesse no robô.
“Eles podem interagir com o robô nas profundezas da água, e isso seria incrível porque simularia a tarefa de fazer isso em um planeta diferente ou em uma lua diferente”, explicou Oussama Khatib.