Há dois anos, o modelo de recesso na Nath Finanças era assim: 30 dias de férias obrigatórias pela CLT + 30 dias de recesso no fim do ano. Isso funcionava bem porque, naquela época, nosso modelo de negócios era mais voltado para B2B, principalmente por conta das publicidades. Ou seja, o ano já “acabava” pra gente em dezembro. Quando contei que dou 30 dias de recesso remunerado além das férias, teve quem dissesse: “Muito fácil dar recesso no fim do ano quando seu negócio não tem demanda nessa época, mas e quem tem? Como faz?” Pois bem, as coisas mudaram. Há dois anos nasceu a Nath Play, e hoje temos um modelo de negócios B2C, com picos de entrada em dezembro e janeiro, justamente nessa época de festas. Mas eu nunca pensei em retirar o recesso remunerado. Pelo contrário: nem tudo é sobre lucro. Sem qualidade de vida, a pessoa não é nada. Por isso, pensei em uma alternativa diferente: A cada 2 meses, cada funcionário tira uma semana de recesso, de forma intercalada. Testamos esse modelo ao longo de um ano, e agora posso dizer: DEU CERTO! O time conseguiu descansar, viajar e ter mais tempo pra si. Além desse recesso diluído ao longo do ano, eles também vão ter o recesso de fim de ano. Ou seja, hoje o modelo ficou assim: - 30 dias de férias obrigatórias pela CLT; - 30 dias de recesso remunerado diluído ao longo do ano; - 14 dias de recesso remunerado no fim do ano. Quem precisa atender na Nath Play durante o recesso de fim de ano trabalha por escala até as 16h, e em janeiro tira folga. No final das contas, todo mundo tira 74 dias de descanso remunerado no ano. Qualidade de vida vai além do dinheiro. Descanso também faz parte.
Olhando a pagina do LinkedIn da sua empresa Natplay o funcionário mais antigo tem 10 meses. Tá certo isso?
Parabéns pela iniciativa Nathália Rodrigues ! Dúvidas sinceras: esquema home office, híbrido ou presencial? Você também consegue desfrutar esses descansos?
Sensacional colocar o bem estar dos funcionários acima das metas e lucros. Por mais CEOs como você!
Enquanto isso tem empresário chorando por conta do projeto que acaba com a escala 6x1. Quem quer faz acontecer.
Nath isso me faz pensar muito nas mães. As crianças tem geralmente 45 dias de férias no fim do ano e uns 15 no meio. E eu tô falando como uma pessoa privilegiada que tem filhas em escola particular. O filho de quem tá lá na maré começa depois, termina antes e fica vários dias sem aula por causa de operação e aquele rolê todo. Essas políticas são muito importantes para uma parentalidade mais próxima, permitir também uma divisão do cuidado mais equitativa e para tal combalida saúde mental da mãe brasileira. Vou até marcar a Camila Antunes da filhos no currículo aqui pra contribuir com esse papo e Dani Junco CEO da B2MAMY que recentemente lançou uma pesquisa sobre Burnout parental.
@nath eu vivi modelo parecido quando trabalhei para a ONU na Guine-Bissau e tínhamos o R&R (rest & recovery). A cada três meses tínhamos 1 semana de descanso. Isso era devido a zona de segurança que o país se enquadrava e a ONU pratica isso no mundo todo, variando de acordo com o risco e condições de cada país. E, assim como vc conclui, eu só posso te dizer que isso é fundamental e só aumenta a produtividade, além de preservar a saúde física e mental. De resto... #mecontrata rs :)
Nath, essa iniciativa é maravilhosa! Muitos podem até dizer que é utopia, mas não percebem o quanto o descanso dos colaboradores é essencial para motivá-los e torná-los ainda mais engajados e produtivos. Proporcionar tempo para que os colaboradores estejam com suas famílias, aproveitem momentos de lazer ou até mesmo resolvam questões pessoais faz com que eles se sintam mais valorizados, conectados com a empresa e prontos para entregar o seu melhor. Parabéns por essa visão humanizada e inovadora!
Redator | Copywriter | Inbound Marketing | Marketing Digital | Mídias Sociais | Repórter | Apresentador
1 semA ideia de que "nem tudo é sobre lucro" toca em um nervo central sobre o futuro do capitalismo. Talvez o futuro, que já está batendo à porta, seja repensar o trabalho e o lucro, colocando o ser humano no centro. Um exemplo como o da Nath Finanças nos mostra que, sim, é possível mudar a lógica exaustiva do sistema atual. Não se trata de abrir mão do lucro, mas de equilibrar com qualidade de vida. E quem sabe, o próximo sistema não seja uma revolução, mas um passo em direção ao respeito pelo humano como mais do que força de trabalho?