• Redação GQ
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A impotência não precisa ser um fantasma (Foto: Getty Images / Juj Winn)

A impotência não precisa ser um fantasma (Foto: Getty Images / Juj Winn)

Também conhecida como disfunção erétil, a impotência é a incapacidade do homem em manter uma ereção satisfatória para o ato sexual. Agora uma pergunta à queima roupa: você já falhou alguma vez na cama? Se a resposta for sim, não é motivo para se descabelar. E vamos esclarecer: ter dificuldades de ereção eventuais não significa ser impotente. E você não está sozinho.


Como a impotência sexual é diagnosticada

Só é considerada disfunção erétil quando o homem não consegue manter a ereção entre 50% a 75% das tentativas das relações sexuais.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30% dos homens do planeta sofrem de disfunção erétil em algum nível (grave, moderado e ou mínimo). No Brasil, calcula-se que mais de 25 milhões de homens com mais de 18 anos tenham algum grau de impotência. Desse total, 11,3 milhões possuem disfunção moderada ou severa. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, mais de um milhão de novos casos surgem a cada ano.

O que provoca a impotência

A disfunção costuma ser mais frequente a partir dos 40 anos, mas os jovens não estão livres do problema. O problema pode surgir por causas físicas (arteriosclerose, pressão alta, cirurgias, doenças nervosas, diabetes, desequilíbrios hormonais, excesso de álcool) e psicológicas (ansiedade, stress, depressão).

Impotência abala autoestima

Mas a verdade é que as estatísticas talvez não traduzam a realidade já que muitos homens preferem não encarar o problema de frente. Uma pesquisa apresentada pelo Instituto H. Ellis, em São Paulo, revelou que, em média, os homens só buscam ajuda médica após quatro anos do início do problema. Mesmo os casos mais brandos já são suficientes para abalar a confiança e a autoestima. E os casos mais severos de disfunção trazem tal desconforto à qualidade de vida que podem causar até depressão.

Como funciona a ereção do pênis

Aparentemente, o processo de ereção do pênis é simples. Basta o homem receber algum estímulo, como folhear uma revista de sacanagem, para o pênis ficar ereto. Às vezes ela pode ser involuntária, como as ereções noturnas durante o sono ou as matinais, logo ao acordar. Mas para ela ocorrer há uma complexa sequência de ações dos sistemas vascular, nervoso e hormonal.

Os estímulos chegam ao cérebro, onde ocorre uma série de reações químicas que passam pela medula espinhal e são transmitidas até o pênis. A ereção acontece quando o corpo cavernoso (duas estruturas esponjosas em formato cilíndrico) se enche de sangue. O pênis volta a ficar flácido no momento em que o sangue retorna para a circulação geral. Quando há desarranjos neste complexo mecanismo de funcionamento ocorre a disfunção erétil.
Agora que você sabe de tudo isso, quem sabe não precise mais usar a famosa história de que isso nunca lhe aconteceu antes.