Plano Safra 2020/2021: anúncio é adiado para 17/06
Carlos Cogo
Sócio-Diretor de Consultoria da Cogo Inteligência em Agronegócio | LinkedIn Top Voice Agro | Comentarista Canal Rural e Canal do Criador | Professor Pós Graduação Fundação Dom Cabral | Professor Convidado Atitus
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que o Plano Safra 2020/2021 será divulgado no dia 17 de junho. Ela ressaltou, porém, que ainda não tem a taxa de juros fechada para o próximo ciclo agrícola, que tem início em 1º de julho. Segundo Tereza Cristina, a prioridade no crédito agropecuário para a temporada 2020/2021 será, novamente, os pequenos e médios produtores. O governo quer viabilizar os pequenos produtores, para que eles entrem cada vez mais no sistema de produção de alto nível e tenham mais renda. Segundo a ministra, o grande produtor dispõe de outras formas de financiamento e podem buscar recursos no mercado.
Ela citou a mais recente ferramenta de captação de recursos para o setor agropecuário, principalmente para grandes produtores, embutida na Lei 13.986, de 7 de abril de 2020 (MP do Agro), que trouxe várias mudanças no sistema privado de financiamento do agronegócio. De todo modo, para o ano-safra que se inicia em 1º de julho, Tereza Cristina mostrou preocupação em garantir recursos para linhas de investimento, sobretudo Inovagro, Moderagro, PCA e Moderfrota.
No caso do PCA, por exemplo, linha destinada à armazenagem, a ministra afirmou não ter ressalvas quanto a cooperativas e cerealistas, mas reforçou que o produtor tem de ter armazém na propriedade. Mesmo demonstrando preocupação com essas linhas de investimento e às portas do anúncio do Plano Safra 2020/2021, a ministra reconheceu que ele ainda não é o que ela gostaria. O Plano poderia ter um pouco mais de recursos, mas o plano vai deixar a agricultura com essa possibilidade, de ter crédito e produzir mais, afirmou Tereza Cristina.
Diretor de Empresas e formado pelo IBGC
4 aBom dia Carlos! Tudo bem? Tenho dito já há tempos que essa história de “planos safra XXXX/YYYY” é demonstração da falta de uma política pública estruturada de longo prazo para o agronegócio no Brasil. Todos os anos vemos a mesma agonia: quando será divulgado o plano XXXX/YYYY? quais os valores liberados para investimento e custeio? qual a taxa de juros? quando o recurso chegará realmente na ponta? as esteiras de liberação de crédito nos bancos repassadores estão preparadas????... Penso que planos de 5 anos, dentro de uma política macro, dariam previsibilidade e maior atratividade de investimentos para o maior produtor de alimentos do mundo: o nosso Brasil. O que vc acha? Abraço.