Publicação de Henrique Rangel

Geledés – Instituto da Mulher Negra produziu recomendações para contribuir com o conteúdo das negociações no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP29). As recomendações enviadas aos Ministérios e à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) foram voltadas para questões relacionadas ao Objetivo Global de Adaptação (GGA), Transição Justa, Plano de Ação de Gênero e à Nova Meta Coletiva Quantificada sobre Financiamento Climático (NCQG). Esses documentos foram elaborados para reafirmar a importância da agenda racial e de gênero de forma transversal. Leia as recomendações em: https://lnkd.in/drk65N7X

A diversidade é um dos principais motores para as transformações que desafiam a nossa sociedade atualmente. E a representatividade feminina, seja nas conferências e instâncias participativas sobre mudanças climáticas, seja na liderança de empresas e governos, é uma importante garantia para superarmos esses desafios. No artigo deste mês para o Um Só Planeta, destaco a importância de termos mais mulheres em espaços de tomada de decisão, como as Conferências de Clima da ONU.

A Amigos da Terra - Amazônia Brasileira e mais de 50 organizações da sociedade civil, divulgaram hoje, Dia Internacional da Mulher, um manifesto demandando paridade de gênero, raça, etnia, classe social, geração, identidade de gênero e orientação sexual nos preparativos e nas negociações da COP30, a conferência do clima da ONU que vai acontecer no Brasil em novembro de 2025. O manifesto vai além da composição das equipes e elenca seis condições essenciais: equidade e representatividade nas delegações; promoção da igualdade de oportunidades; inclusão de perspectivas de gênero em políticas climáticas; investimentos em formação; combate à violência de gênero relacionada ao clima; e transparência. Acesse o manifesto: https://lnkd.in/dR5g4F9w A mobilização nasceu dentro do Grupo de Trabalho de Gênero e Justiça Climática do Observatório do Clima. O grupo também produziu uma campanha com as “Mulheres que dão as cartas pelo clima”. Trata-se de um baralho, com a imagem de mulheres que se destacam na luta contra a crise climática e as consequências do aquecimento global. Acesse: https://lnkd.in/djcSVUas #diadasmulheres #mulherespeloclima

Além de toda gratidão, respeito e todas as homenagens (mais do que merecidas), aproveitamos este Dia Internacional da Mulher para convidar a uma reflexão: você sabia que as mulheres são o grupo que mais sofre com as consequências da mudança do clima e também é o grupo que mais luta para combater esses efeitos em busca da justiça climática? Um estudo da FAO divulgado recentemente mostra que as mulheres têm mais perdas financeiras por causa das mudanças climáticas que os homens em áreas rurais. A pesquisa ainda constatou que poucos planos governamentais para lidar com a crise climática e promover estratégias de adaptação levam em consideração as vulnerabilidades específicas das mulheres do campo. Não é de hoje que a ciência comprova que as mulheres são um dos grupos mais vulneráveis aos eventos climáticos extremos, que estão cada vez mais intensos e frequentes. A crise climática também aumenta a violência contra mulheres e meninas. E nos fóruns globais que debatem soluções para os problemas climáticos, as mulheres são alijadas das posições de comando. A comissão organizadora da COP29 é um recente exemplo disso. Por isso, as poucas mulheres que lideram a luta contra as mudanças climáticas e por um mundo mais justo (social e economicamente) precisam ser reconhecidas e valorizadas. A luta pelo clima é também uma luta pela equidade de gênero e esta luta só terminará quando todas as mulheres do mundo, sem exceção, tiverem voz e vez - e direito a uma vida justa e digna. Apenas com a união de todas e todos conseguiremos construir um mundo melhor! #diadamulher #diainternacionaldamulher #diamundialdamulher #internationalwomensday #novoolhar #novoolharsustentabilidade #novoolharconsultoria #novoolharmundomelhor #seloco2free

Vamos falar sobre equilíbrio de #gênero em eventos socioambientais? Acabei de chegar da #COP29, em Baku, e cansei de ver mesas com temas relevantes, reunindo nomes de peso, em pavilhões de governo ou de organizações renomadas, mas… em muitos deles não havia participação de mulheres (ou elas eram minoria)! Estamos em 2024 e é inadimissível que isso ainda aconteça. Não é segredo pra ninguém que as mudanças climáticas impactam de forma desigual mulheres, pessoas periféricas, negras e indígenas. Enfrentar essa crise, portanto, exige debates plurais, que visem saídas complexas e que coloquem em primeiro plano os corpos mais vulneráveis. “Ah, mas é difícil”…. “Ah, mas eu só fui convidado”… No WWF-Brasil, a gente tem uma política de gênero na participação de eventos. Recebi um convite e não tinha igualdade entre homens e mulheres palestrantes? A gente agradece e diz que não pode participar se não houver equilíbrio. E quer saber? Em muitos casos, substituições são super possíveis e a gente ainda chama a atenção de organizações parceiras para o problema. P.S.: exemplo do campo socioambiental, mas que vale para qualquer área. #machismo

Animada em participar desta conversa amanhã e aprender um pouco mais sobre as soluções feministas que a #filantropia tem testado para lidar com a injustiça climática. Ao longo de toda minha trajetória atuando com mudança do clima, aprendi e me inspirei muito em mulheres incríveis que lutam por maior justiça climática. Contudo, isso não quer dizer que tenham sido abordagens feministas. Ao mesmo tempo já ouvi muitas provocações feministas poderosas e pertinentes, mas que não necessariamente nos ajudam a encontrar o caminho de soluções concretas. O que um processo de descarbonização da indústria brasileira precisa ter para ser feminista? Como a implementação da política nacional de mudança do clima pode promover maior protagonismo feminino nas ações subnacionais? O que é uma transição energética feminista? Enfim, tenho muitas perguntas e por isso temos que ouvir, ouvir, ouvir, digerir, se perguntar e seguir testando na prática até chegar a soluções. Para quem tiver interesse em acompanhar, o link está abaixo. #feminismo #climatejustice

Nesta quinta vou dar meus pitacos neste webinar sobre Justiça Climática e Ativismos Feministas. Melhor ainda vai ser conhecer o resultado de um estudo feito pelo Fundo Elas+ nesta área, imperdível para quem está trabalhando com Clima e Gênero. Vem!

Você já ouviu falar do novo ODS 18? 🌍✊🏿 O Brasil acaba de adicionar um novo capítulo à Agenda 2030: o ODS 18 para Igualdade Étnico-Racial. Este Objetivo de Desenvolvimento Sustentável visa enfrentar e erradicar as desigualdades étnico-raciais persistentes em nossa sociedade. Mas, o que realmente significa e como ele pode transformar o cenário global? O ODS 18 foca em: - Eliminar a Discriminação Étnico-Racial no ambiente de trabalho. - Combater a Violência contra povos indígenas e afrodescendentes. - Garantir Acesso Justo ao Sistema de Justiça para todas as pessoas, independentemente de sua etnia. - Promover Habitação Adequada e Educação de Qualidade para as populações negra e indígena. - Assegurar Saúde e Direitos Humanos para todos, incluindo o combate à xenofobia e o tratamento digno de imigrantes negros e indígenas. Por que isso é importante? O ODS 18 é um marco para a inclusão e justiça social, alinhando-se diretamente com os princípios da Agenda 2030 e oferecendo uma abordagem concreta para enfrentar as desigualdades raciais que afetam comunidades historicamente marginalizadas. É uma oportunidade para que o Brasil, e possivelmente outros países, avancem de forma real em direção à igualdade racial, promovendo uma sociedade mais justa e equitativa. Como essa iniciativa se encaixa no cenário global? Em um momento em que o progresso global enfrenta desafios significativos, o ODS 18 não apenas amplia a Agenda 2030, mas também reflete o compromisso do Brasil com uma transformação profunda e inclusiva. Este novo objetivo foi incorporado especificamente no Brasil para destacar a importância da questão e fomentar novas discussões globais. Caminho para a COP 30 e Além: Com a COP 30 no horizonte, é crucial repensarmos nossa abordagem aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A conferência trará os olhos do mundo para o Brasil, destacando a relevância de alinhar as ações às metas globais. Será uma oportunidade para discutir diversas pautas e transformar a discussão em ações práticas e efetivas no dia a dia das organizações. E você, como vê o impacto do ODS 18 na sua área de atuação? #Sustentabilidade #ODS18 #COP30 #LiderançaGlobal #Inovação #ODS

É inevitável. Falar sobre mudanças climáticas passa pela questão de gênero. Somos nós, mulheres, que mais sofremos com as consequências da crise do clima - sobretudo as mulheres pretas, periféricas, mães e de baixa renda. Portanto, nada mais justo que estejamos no centro dos debates para criar políticas de adaptação, planos emergenciais e planejamentos de contenção de danos. Durante minha fala no painel do F20, ressaltei essa realidade com o objetivo de refletir os espaços que precisam ser garantidos para a construção de mecanismos sensíveis às mulheres e populações diversas. Nada sobre nós sem nós. 💜🌱

É sobre isso.