Um santuário na Amazônia. Uma reserva de 560 mil hectares. O lugar de difícil acesso fica na floresta estadual do Paru, em Almeirim, no Pará, na divisa com o estado do Amapá. O parque das árvores gigantes abriga um Angelim-vermelho de 88,5 metros que equivale a um prédio de 30 andares, com idade estimada entre 400 e 600 anos, considerada a maior árvore da América Latina e a quarta maior do mundo. A árvore foi identificada por imagem de satélite em 2019, uma expedição formada por pesquisadores e coletores de castanha da região, conseguiu chegar até o Angelim em 2022. Em maio deste ano, uma nova expedição foi realizada para aprofundar análises físicas e biológicas na região o que levou à descoberta de outras árvores gigantes. Ao redor do angelim-vermelho, os cientistas descobriram pelo menos mais 38 outras árvores de grande porte, duas delas com mais de 80 metros de altura. O governo do Pará criou então o Parque das Árvores gigantes, através de decreto em setembro deste ano. A área com status de unidade de proteção integral é para garantir a preservação dos vegetais, combater o desmatamento e a degradação ambiental, comenta Nilson Pinto, presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará – Ideflor-Bio . " A criação do Parque é importante, porque dá a possibilidade ao estado, de garantir melhor proteção dessas espécies raras que são as maiores árvores da América Latina. Elas, estando em um parque, elas estão em uma unidade de conservação de proteção intergral, onde há restrições para a realização de atividades de natureza produtiva, predatória, e com isso a legislação permite a ação pronta e imediata do estado e de todos aqueles que se dispuserem a cooperar com a proteção dessas árvores na sua preservação" Os pesquisadores que conseguiram chegar até as árvores gigantes, coletaram amostras do solo, da vegetação, da hidrografia, para avançar nos estudos sobre porque nessa região da Amazônia as árvores cresceram tanto. Mas já se pode afirmar que o santuário dessas gigantes da floresta apresenta um valioso ecossistema e que trata-se de um grande laboratório natural, sobre o qual ainda há muito para se descobrir , destaca Virgílio Viana, Superintendente da Fundação Amazônia Sustentável-FAS. " São as árvores mais altas do Brasil e da América do Sul, elas representam não somente um record do ponto de vista de altura, mas também ambientes que tem uma riquíssima biodiversodade, boa tarde dela ainda não documentada pela ciência. Portanto, representa um laboratório natural para pesquisa quer pode dar origem a descobertas muito relevantes tanto para a ciência em si, como para a saúde pública, bioeconomia e tem um simbolismo muito grande" off: Para Nilson Pinto, Presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará, essas árvores representam um patrimônio natural único, não apenas para o Brasil, mas para o planeta. Audio nilson pinto "Os estudos indicam que há possibilidade da ocorrência de centenas de árvores gigantes nessa região, em todo esses 560 mil hectares, certamente serão econtradas. Já foram identificadas até o momento e cadastradas, 37 árvores com mais de 70m, e 5 com mais de 80. Os estudos, daqui para frente, certamente vão revelar novas árvores possivelmente até com mais de 90 ou 100m. " Mais recente Próxima PF prepara pedidos de quebra de sigilo de homem que atacou prédio do STF